segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uma análise de “EMPREÇÃO”


Uma análise de “EMPREÇÃO”


Considero antes de qualquer coisa, minha maneira de escrever simples e objetiva, me custa a crer que o que eu teria que desdobrar em milhares de outras palavras não sejam compreendidas em poucas. Mas, enfim, na matemática da vida, espero somar desejo de crescimento, multiplicar conhecimento, dividir experiências e diminuir a ignorância no mundo!

Assim...

Acreditem ou não, a palavra que me surgiu através de um diálogo me levou às profundidades de uma análise intrigante. Ao ler este termo, que aturdiu e deixou-me desconcertado: “EMPREÇÃO”.

Isso mesmo, a palavra surgiu na tentativa de ilustrar ou significar “IMPRESSÃO”.

Partindo do pré-suposto de que nos projetamos no mundo como percebemos e como somos nossa própria realidade, não há como não pensar intrinsecamente no modo como a palavra soa na sua construção. Isto poderia resultar num extenso estudo de caso para dar mais ênfase na análise da linguagem e escrita na construção de personalidade, no mínimo.

Então...

Eis a questão: Quão distorcidas são as impressões desta pessoa? E o modo como ela projeta na linguagem escrita?

Comecei a fazer uma minuciosa análise e percebi que realmente esta pessoa é marcada por impressões muito distantes do real. O termo IMPRESSÃO, que significa aquilo que foi marcado, impresso, imprimido, sob algum tipo de pressão; O que nos seres humanos é marcado por associações cognitivas, intelectuais, emocionais, espirituais, físicas, químicas, etc.

Deste modo...

A exemplificar, lembremos a popular expressão: “a primeira impressão é a que fica”. O que pretendo demonstrar aqui é o como uma informação, fato, pensamento se processa de maneira distorcida de acordo com a maneira subjetiva com que cada indivíduo processa e armazena estes dados, pareando e associando-as aos seus princípios, valores anseios, nível sócio-cultural, abertura ao que lhe seja novo em termos de experiência, etc. (seria absurdo tentar enumerar estes fatores). Mas enfim, o ponto a que quero chegar é a representação que isto assume em sua relação com o mundo, seja em, uma constante ou em um modo específico e focado, em um dado momento e espaço temporal.

Assim, pude compreender que, pelo modo como este interlocutor apreende e circunscreve sua realidade, e depois desmembrar o significante por uma associação de conceitos e idéias, bem como análise de seu histórico, pude entender que esta pessoa tem “EM + PREÇÃO”, desenvolveu o termo em uma mistura de conceitos que transformam “pressão” em “preção”, isto, no sentido de preço muito alto pelas suas percepções e modos como as internaliza. Trazendo em um viés generalista de suas impressões uma tendência ao negativismo das relações com o mundo sob a forma de um pagamento alto em quesito de desgaste de emoções e pensamento que distorcem a “IMPRESSÃO”, causando inevitavelmente um alto preço em “SOFRIMENTO” por não compreendê-las de forma eficiente.

O que quero dizer com isso?

Que a construção de nossa realidade abstrata de conceito, vivências e experiências concretizam-se de uma forma ou de outra, emana em formas rudimentares, delicadas, sofisticadas ou não. Assim, pode-se dizer que, existem diversos meios de expressar uma idéia, conceito ou emoção. Não quero, contudo, desenvolver um manual e generalizar esta análise, mas sim atentar especialmente aos colegas de profissão, para a atenção ao todo!

É importante conhecer as partes, mas se desarticuladas, não funcionam!

Um comentário:

  1. "Os conceitos não nascem prontos,não andam no céu,não são estrela,não são contemplados.È preciso criá-los, fabricá-los para então questioná-los." Deleuze
    O caminho para longe do estado de tristeza está nas próprias idéias, desarticuladas não funcionam e pagamos um "preção"!!!

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