Do Caos ao Culto, e para O Controle mais um passo, é uma breve descrição de como o ser humano interpreta suas relações com a sua religiosidade, segurança, poder e dominância. Para tanto, vejamos como o nosso complexo aglomerado orgânico projetou sua existência.
Mais que sentir medo, talvez seja a necessidade de evitá-lo frente a situações que tragam perigo à existência, coisa que os nossos ancestrais aprenderam muito rápido. Assim, pergunto-vos, qual seria a melhor forma de reter o aprendizado, para que assim pudessem evitá-lo e ainda sim, desenvolverem “modelos” a serem seguidos?
Os mitos! Eis a melhor forma de organizar o caos e a instabilidade de uma vida sem sentido, além é claro, de buscar alimentos e copular. Talvez, este seja um dos momentos mais importantes da história do homem. O surgimento rudimentar de uma consciência que se faz tentativa de “eterna”, ou bem permanente, quem sabe, até mesmo um legado para sua prole.
Pois bem, surgem aí os primeiros Ritos que organizam e dão segurança a essas novas “sociedades”, onde os iguais mantinham-se unidos em prol de um bem comum. Dando origem aos cultos primitivos de forças e fantasias aparentemente maiores que o da espécie humana.
Dando um pequeno passo para a vida, mas um grande salto na construção seletiva e adaptativa da existência humana, e, nem antes e muito menos depois, os grandes líderes controlam e direcionam os menos capazes, garantindo assim o princípio de “justiça” e mediação entre a vida e as divindades. Coisa que até hoje acredito ser reproduzida na sociedade.
Assim, percebo que estes processos que dão base e sustentam o dia a dia do “homo sapiens divinus” (este termo fui eu quem cunhou), se apresentam não somente na forma de culto a uma imagem religiosa, mas tudo àquilo que se faz presente como um direcionamento, e/ou, ideal existencial.
Desta forma, toda esta energia que é despendida neste relacionamento com este “ideal”, que trás segurança e estabilidade a uma vida frágil e superficial, é ritualizada, manejada e programada, de onde as pessoas tiram seus referenciais associados a seus valores, padrões de comportamento, hierarquia social e modelos de pensamentos.
Infelizmente, não interessa para onde você vai, mas sim como vai... Se é uma igreja ou estádio de futebol, uma mesquita ou mesa de bar. O culto e a relevância de adoração dos seus rituais organizam e dão suporte à sua vida, e não menos importante, a todos os valores que você deposita nessas relações.
“O valor das coisas está na medida em que você despende a elas!” (Esta frase é minha e registrada)
Obs.: O desenho deste post fui quem desenhou! E meu muito obrigado pelas primeiras 1.000 visualizações!