quarta-feira, 18 de maio de 2011

Born this way...


Born this way...

Inicialmente, eu gostaria de traduzir este título, mas penso que perderia o peso e o significado, então, vou escrever o que me parece.

Eu nasci assim, e, para este caminho.

Não acredito em fatalismos ou coincidências, e sim em sutis e finas escolhas além da nossa consciência que nos levam a caminhos nos quais estamos, e, com as pessoas que nos cercam e as situações que nos foram criadas e criamos.

Pois bem, para quem já acompanha meu trabalho, costumo mencionar a fragilidade da existência humana. Desta forma, penso que para amenizar isso, nós (seres humanos) em toda nossa história, buscamos fora (de nossos corpos), qualquer coisa que nos diga que não estamos e não somos sós. Mas segundo Freud e a teoria das pulsões, porque não aceitar que o perigo não mora ao lado, mas dentro de si, e ser amigo deste suposto “estranho”.

Então, já não estamos mais tão sós.

São tantas amarras e torniquetes que imobilizaram o pensamento e a ação humana ao longo dos séculos que igualmente levariam outros tantos se somados, e chegariam a milênios para um possível avanço em massa. Coisas que um artista, um político, ou quem quer que seja desbrava ecoando sentimentos duais na cabeça de cada indivíduo que se identifica com a bandeira. Seja repetindo a frase, gesto ou apenas aprovando, algum tipo de energia está em “ato”, sendo realizada.

Você também está neste caminho! Seja sincero!

No entanto, o tempo para construir um novo “ente”, obrigatoriamente passa pelos estímulos de quem cria um “ato”. Não há como fugir da construção de um sujeito produzido pelo meio, diretor das suas supostas “escolhas”. Muito me admira que haja pessoas querendo mostrar as mensagens subliminares se a grande maioria não entende o que é objetivo.

Este sujeito do dia a dia está fadado a ser consumido, se engana quem pensa que está no controle, neste momento, pare e olhe ao redor de onde você está, quantas e quão diferentes marcas encontrará? E as suas marcas quais são? Voltando às pulsões, porque aniquilar por completo uma, se poderiam trabalhar em parceria?

Seja quem você nasceu pra ser, e aproveite o melhor de cada lado seu! 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Até que ponto sua verdade não é uma mentira?

Não me conformo com o modo e velocidade com a qual as coisas funcionam para mim e ao meu redor. Para apoiar meu raciocínio invoco as palavras de Simone de Beuvoir: “Me custa a crer que o que é óbvio para mim não é para os outros.” Pois bem, desta forma, irei rememorar e compartilhar um pouco da minha história pessoal.

Quando eu fiz o curso de Filosofia, eu me desesperava achando que as pessoas que buscaram esta graduação queriam descobrir todas “as verdades” do mundo! Mentira. Alguns queriam nível superior, outros o “estatus quo” de ser chamado de filósofo, outro, pensar junto, e, alguns ainda, re-pensar. Mas enfim, minha “luta” estava apenas iniciando-se.

Quando decidi cursar Psicologia, tive a mesma “vontade”, eu mais parecia o homem da vela propagando insanidades (vide Nietzsche). Não sei o que mudou, entre alguns tantos e ao redor e embaixo, todos que não querem ver verdades. Mas foi aí que descobri o imensurável poder do silêncio. Quer passar por sábio? Fique quieto. Outro dia estava discutindo sobre a idiotice e a ecolalia... tudo bem? Bem... Você se considera um bom funcionário? Bom funcionário... Você é ousado! Ousado...

Me perturba e envergonha o contexto “idiotizante” em que nossa sociedade vem sendo inserida. A metáfora “MATRIX” nunca me pareceu tão sensata.

Que inveja dos loucos, eles sim, vivem o “real”, amam sua loucura e gozam, e nós neuróticos correndo atrás para colocá-los na “fôrma”, aliás, como lamento pensar que não há como se livrar das formas e rótulos. Adequar o sofrimento. Mas tudo bem, isso é necessário, e, como aprendi com um paciente (esquizofrênico), “...é preciso um ponto comum e de apoio para a realidade das pessoas estar interseccionada”.  Fantástico, e depois rechaçamos nossos “loucos”.

“Cansei de brincar... cansei de ser bonito... cansei de ser inteligente... cansei de ser legal... canse de ser...”

Acredito piamente no dia em que o ser humano irá ser “matematizado”, e nas operações que estão além da nossa compreensão, e por falta de instrumentos e tecnologia para tanto, não podem os fazê-lo, independente de subjetividade ou seja lá o que for.

Não existe mais nada além disso.

É tudo mentira. Eu não acredito nessa farsa!

“Quero uma verdade que me valha menti-la!” Autor: Jefferson Santi