terça-feira, 11 de setembro de 2012

Um conto contemporâneo parte 2


Escute a música enquanto lê o texto!!! E divirta-se que logo tem mais!!!
 
Não mais...

Envolto como se pela mais fina e passageira neblina da manhã, se foi... tudo e logo percebi se tratar do mais barato e rasteiro feitiço, e de que já não se tratava do que pensara ser. Tinha certeza de que era um feiticinho malévolo tentando manipular e absorver minhas energias e conexões com o verdadeiro poder do infinito, tal qual uma cobra naja que abre suas laterais para intimidar seu oponente, a aprendiz de feiticeira havia lançado um pobre encantamento que pouco durou e pouco afetou.
 

Na verdade, mais pareceu que sua brilhante, porém maligna face e adaga lamberam meu pescoço e jugular, e mesmo por pouco mais de alguns instantes se lançaram prótons solares irradiando e invadindo minha corrente sanguínea, explodindo em força e justiça, como se estivesse preparando o antídoto para este súbito envenenamento, todos os mantras secretos me foram revelados, e secretamente contra o encantamento, se conjuraram ao desdobramento da atual realidade e me vi em um imenso e inexorável túnel, indo ter com esta o Bom Combate, respeitosamente avaliando seus poderes e admitindo a existência natural de seres parasitários.

Horrenda experiência às avessas o que antes acreditava ser o mais belo sentimento que jamais ousara sentir, pude comprovar que o veneno é doce, mas por mais amarga que seja a cura, a justice é inodora, insípida e extremamente eficiente. Uma vez instalada a área e campo de batalha, encontro-me em ter o que me foi tirado por direito, todos os princípios ativos e imaculadamente secretos aos olhos mortais ali estavam, em espaço neutro: o próprio cosmos serviria como cenário de uma gloriosa e única disputa.

Já à minha espera sabia ela que haveria eu de recorrer pelos meus danos dantes percebidos e disfarçados, sabia ela, muito quem era eu, e com sagaz ardilosidade tentou a mesma proeza que Prometeu ao roubar o fogo dos Deuses. E já ciente do lhe esperara por sua inescrupulosa prática, pude ver que não era uma, mas sim uma “LEGIÃO”, porque eram muitos os que habitavam sua face...
 

Entoando encantamentos de fala criptografada de símbolos e amuletos, evocava forças desconhecidas, sabendo pouco do que se podia fazer com elas, tal qual um malabarismo hermético de combinações semânticas, a energia se formava ao meu redor, trazendo luz indefinível aos confins mais escuros do “UNE+verso”, estava eu lutando pelo equilíbrio e justiça, a manter o direito à integridade, e à minha frente, ela ali, parada, e da mesma forma com que podia se escutar seus pensamentos, também podia sentir seus mais secretos sentimentos...
 

De repente... um salto no escuro, e da matéria, novas matérias se formaram, e novas formas se fizerem, e um duelo, pacífico se travou em torno de inigualáveis fenômenos...

(CONTINUA)